Uma cerimónia junto à estátua do herói catalão Rafael Casanova, para assinalar a Diada, o dia regional da Catalunha, marcou o início de uma jornada que será pautada pelos apelos a um referendo pela independência.
O presidente do governo regional da Catalunha, Artur Mas, é o principal rosto de um longo braço-de-ferro com o executivo de Madrid para tentar obter uma consulta popular semelhante à que se vai realizar na Escócia.
Miquel Iceta, líder dos socialistas catalães, diz que “não se pode continuar desta forma. É preciso obter um novo acordo que se traduza no veredito dos cidadãos. Hoje é o dia para dizer [ao primeiro-ministro Mariano] Rajoy que ele é o responsável pela aplicação da lei e deve resolver este problema. Não pode fechar os olhos à realidade”.
Os defensores da independência esperam fazer convergir sobre Barcelona centenas de milhares de catalães, galvanizados pelo referendo escocês. Contrariamente ao governo britânico, que autorizou a consulta, Madrid recusa a realização de um referendo sobre a independência da Catalunha, evocando a Constituição.
As manifestações começaram já ontem noutras localidades, como a cidade rural de Vic, um dos bastiões do movimento independentista.