Nunca tantos líderes mundiais se reuniram para falar sobre as mudanças climáticas. A cimeira das Nações Unidas sobre a matéria, que decorre esta terça-feira, em Nova Iorque, procura dar os primeiros passos em direção ao evento maior marcado para Paris, em 2015.
A pressão aumenta de dia para dia. Este domingo, foram mobilizadas milhares de pessoas, numa manifestação, sem precedentes, nas ruas de todo o mundo, incluindo Nova Iorque.
O Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon e a ministra francesa do ambiente, Ségolène Royal, marcaram presença. Para Ban Ki-Moon, entrevistado pela euronews, é preciso agir:
“Agir é agora. Se não fizermos nada vamos ter de pagar mais (...) devemos deixar o planeta sustentável, para as gerações futuras, em termos sociais, de ambiente, energia e economicamente. Este é o nosso mundo e o mundo das próximas gerações. Temos uma responsabilidade moral e política.”
Obama também espera fazer confluir energias e esquecer o amargo fracasso da conferência de Copenhaga, de há 5 anos. Na altura a decisão tomada foi a de limitar a 2° Celsius o aquecimento global. Um objetivo difícil de alcançar tendo em consideração os últimos números.
Publicado há dois dias, o relatório “The Global Carbon Project”, estima um aumento de 2,5% nas emissões de gases com efeito de estufa, em 2014, atingindo um novo recorde, de 37 mil milhões de toneladas, em todo o mundo. Muito devido ao crescimento da China.
A este ritmo, segundo o relatório, a humanidade esgota, em 30 anos, a quota restante de emissão de CO2, isto se quiser limitar a 2 graus o aquecimento global.
E aquilo que pode ser considerado um sinal de preocupação, é que os líderes de 3 das 4 nações mais poluidoras: China, Índia e Rússia não estarão presentes nesta cimeira sobre o clima, adianta a correspondente da euronews a Nova Iorque, Isabelle Kumar.