Ébola já matou mais de 3 mil e Portugal estreia consultas externas americanas

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Mais de três mil mortos depois, o ébola continua sem dar tréguas na África Ocidental, onde o último balanço da Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta para 3091 mortos vítimas do vírus.

Numa reunião realizada sexta-feira na Casa Branca e que contou com as presenças, entre outros, do presidente norte-americano Barack Obama e do diretor-geral de Saúde português Francisco George, Portugal ficou a saber que será o primeiro país dos 40 presentes neste encontro a receber uma avaliação externa por peritos do Centro norte-americano de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC).

A consulta externa americana destina-se a verificar o plano de preparação que está ser seguido no nosso país, na perspetiva de controlar a epidemia de ébola. Francisco George revelou que, na reunião, “Barack Obama focou a importância de todos os países afinarem sistemas em torno de três eixos centrais: detenção, prevenção, resposta”. Foi ainda reconhecida a importância de preparar “respostas robustas no apoio aos países mais afetados, nomeadamente a Libéria, a Serra Leoa e a Guine Conacri, mas também aos países limítrofes”, que incluem os membros dos PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa) Guiné-Bissau, Cabo Verde e Sao Tomé.

Num discurso proferido, entretanto, nas Nações Unidas, em Nova Iorque, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Libéria lamentou a força do vírus, o qual continua sem revelar um ponto fraco aos cientistas que procuram uma vacina eficaz. “O ébola tem-nos fintado a todos. O vírus tem sido mais rápido do que os nossos esforços conjuntos para o parar. Infelizmente, à medida que o ébola alarga o seu alcance mortal, está também a deixar um rasto de órfãos traumatizados por toda a Libéria e isto inclui aquele rapaz de 10 anos, de Baka Du: o último sobrevivente de uma família de 12”, especificou Augustine Kpehe Ngafuan.

Na Guiné Conacri, onde se crê ter começado este surto de ébola, a economia local está a ser fortemente abalada pela presença do vírus. Nomeadamente no setor do turismo, que afeta diretamente o comércio. O governo guineense pondera, por isso, aumentar de 70 milhões (55 milhões de euros) para mais de 130 milhões de dólares (102 milhões de euros) o investimento na luta contra o ébola.

A época das chuvas, por fim, já se faz sentir em África e está a criar dificuldades acrescidas ao abastecimento de bens essenciais e à construção de mais centros médicos na região para isolar e tratar as pessoas infetadas.

O Governo português, por fim, já emitiu conselhos para os portugueses que se encontram nos países afectados pelo surto de ébola. Os cidadãos podem contactar o gabinete de emergência consular através dos números de telefone 707202000 ou 961706472 ou pelo endereço eletrónico [email protected]. Também a Linha Saúde 24 (808 24 24 24) presta esclarecimentos complementares.

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