A polícia mexicana encontra-se sob suspeita após a descoberta de várias valas comuns numa aldeia no estado de Guerrero, no sudoeste do país, alegadamente pertencentes aos 43 jovens manifestantes desaparecidos desde há duas semanas.
Os interrogatórios a mais de três dezenas de suspeitos detidos nos últimos dias, entre os quais o chefe da polícia local, permitiram localizar e recuperar 28 cadáveres calcinados na localidade de Pueblo Viejo.
Iñaki Blanco, o procurador responsável pelo inquérito afirmou ontem estar à espera da identificação dos corpos, que poderia durar de 15 dias a três meses:
“Seria irresponsável afirmar neste momento que os corpos pertencem aos estudantes desaparecidos. Neste momento pudémos localizar os corpos e sabemos que são restos humanos. Mas lembro que é necessário esperar pelos resultados das autopsias”, afirmou Blanco.
Centenas de habitantes voltaram a manifestar-se, na localidade de Iguala, no domingo contra o tiroteio de 26 de setembro após um protesto estudantil, que provocou 6 mortos e 43 desaparecidos.
Dois homens detidos confessaram ontem ter morto 17 estudantes, alegadamente seguindo as ordens do chefe da polícia local, aparentemente ligado a um cartel da droga ativo na região e denominado “Guerreros Unidos”.