O Hospital Carlos III, em Madrid, divulgou imagens do quarto onde esteve internado o padre Garcia Viejo, que morreu vítima do vírus ébola. O objetivo é demonstrar que foram tomadas todas medidas necessárias no processo de descontaminação.
Teresa Romero, a enfermeira que assistiu o paciente, e que foi também contaminada, ter-se-á recordado, entretanto, de um novo dado:
“Analisámos todo o processo que ela seguiu ao tirar a roupa e o que fez enquanto esteve na sala e ela disse-me que, existe a possibilidade de ter tocado no rosto com a luva. Só queríamos ter a certeza se tinha havido algum erro no processo de vestir e despir a roupa”, explicou o Doutor German Ramirez Olivenza, especialista em doenças tropicais.
No exterior do hospital juntam-se meios de comunicação social e funcionários do hospital. Os segundos em protesto pela forma como toda a situação foi conduzida.
“Eu acho que eles não estão a fazer as coisas corretamente, não o fizeram desde o início. Fomos tratados como idiotas, nós tratávamos pacientes com ébola e eles não se preocupavam com a saúde do pessoal médico. Eles não cuidaram da saúde pública. Fizeram o que queriam para ficarem bem vistos, não há outra explicação. Eu espero que a paciente recupere e que não haja muito mais pessoas infetadas”, diz uma enfermeira.
O pessoal que trabalhou, diretamente, com a enfermeira e o marido, estão em quarentena. São precisos 21 dias para ter a certeza se houve ou não contaminação. Há ainda, pelo menos 50 pessoas sob vigilância.
Entretanto o prédio onde vive a enfermeira foi já descontaminado.