Um paciente sudanês infetado com o vírus Ébola faleceu esta madrugada num hospital alemão, quatro dias depois de ter sido transportado, em estado crítico, da Libéria para um centro médico em Leipzig.
A primeira vítima do vírus no país é um trabalhador humanitário da ONU, de nacionalidade sudanesa, de 56 anos de idade.
Outros dois pacientes africanos tinham sido transportados para o país, um dos quais, de nacionalidade senegalesa, recebeu alta há alguns dias após cinco semanas de hospitalização.
Um terceiro paciente do Uganda, encontra-se atualmente internado em Frankfurt.
Berlim afirma que vai continuar a receber doentes estrangeiros, como “medida de solidariedade”, quando conta com cinquenta camas e quatro aeroportos preparados para receber casos suspeitos.
A primeira morte por Ébola na Alemanha, coincide com o reforço dos controlos sanitários nos aeroportos britânicos, a partir desta terça-feira em Heathrow em Londres.
Os controlos sistemáticos sobre passageiros da Serra Leoa, Libéria e Guiné-Conacri, os países mais afetados pela epidemia, deverão ser alargados ao aeroporto de Gatwick e ao terminal ferroviário do canal da Mancha até ao final da semana.
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) a epidemia vitimou pelo menos 4033 pessoas, na sua maioria na Libéria (2.316 vítimas), Serra Leoa e Guiné (1.000 vítimas em cada país).
Na Europa, o vírus vitimou já dois missionários espanhóis, hospitalizados em Madrid, quando uma assistente de enfermagem, o primeiro caso de um paciente infetado em solo europeu, permanece internada num hospital na capital espanhola.