O primeiro-ministro britânico diz que não vai pagar o contributo adicional de 2,1 mil milhões de euros exigido pela União Europeia para o orçamento comunitário.
Em conferência de imprensa, à margem da reunião dos 28 em Bruxelas, David Cameron não escondeu a revolta pelo anúncio que considera ter sido feito à queima-roupa: “a Comissão Europeia diz sempre que se trata de um ajuste técnico, mas isso traduz-se numa fatura, que todos têm de pagar. Mas não têm, não é verdade? Integramos esta organização e investimos nela, temos um papel de destaque e ninguém se junta a uma associação que subitamente apresenta uma fatura de 2 mil milhões de euros três semanas antes da data de pagamento. Não é um comportamento aceitável.”
A Presidente da Lituânia, que também já foi comissária europeia de Programação Financeira e Orçamento, diz que a forma de cálculo foi acordada por todos os Estados-membros e baseia-se nos números dos próprios países.
Por isso, Dalia Grybauskaite estranha que se considere uma surpresa: “o Eurostat toma decisões e faz cálculos apoiado unicamente em agências nacionais de Governos nacionais. Mais tarde, com retificações, apresenta esta informação à Comissão e só depois disso é que a Comissão calcula quem deve a quem e quem tem de pagar.”
A contribuição a pagar pelo Reino Unido é a mais elevada e terá de ser liquidada até 01 de dezembro. O anúncio surge numa altura em que cresce o sentimento anti-europeu entre os britânicos.
Outros países foram chamados a contribuir. Ao que tudo indica, no entanto, França terá uma redução de mil milhões de euros. A Alemanha pagará menos 779 milhões de euros.