Os esforços de última hora da França e da Itália para baixar o défice em 2015 foram bem recebidos pela Comissão Europeia (CE).
Na apreciação intermédia das propostas de orçamento submetidas pelos 28 governos, Bruxelas não deu qualquer parecer negativo.
Mas os cortes anunciados poderão não chegar para obter a aprovação definitiva, explicou o comissário para os Assuntos Económicos.
“A avaliação final destacará se serão necessárias quaisquer medidas suplementares ou de substituição para garantir o pleno cumprimento do Pacto de Estabilidade. Com base nesta avaliação dos projetos de orçamento e nas previsões económicas do outono, não se pode excluir que a CE venha a adotar procedimentos por défices excessivos contra alguns Estados-membros”, afirmou Jyrki Katainen.
A avaliação definitiva realiza-se no final de novembro, quando já terá tomado posse o novo executivo europeu liderado por Jean-Claude Juncker.
O caso da França é o mais delicado porque é a segunda maior economia da zona euro e o seu défice está muito acima dos 3% do PIB estabelecido pelas regras europeias.
Esta avaliação fecha uma década de liderança de José Manuel Barroso.