A revolta continua a crescer no México, cinco semanas após o desaparecimento de 43 estudantes e num momento em que o inquérito não avança.
Milhares de pessoas, entre familiares dos desaparecidos e estudantes, voltaram ontem a manifestar-se no país, para exigir respostas.
Reunidos ontem com o presidente mexicano, os familiares dos desaparecidos, afirmam estar à espera do relatório das análises de ADN dos investigadores argentinos aos corpos descobertos em várias valas comuns.
O responsável das investigações criminais, Tomas Zeron, fez ontem um balanço do inquérito: “até ao momento os testemunhos recolhidos apontam para o facto de que os estudantes teriam sido entregues a um grupo criminoso pela polícia de Iguala e Cocula, e é aí que estamos a centrar a nossa investigação”.
O desaparecimento dos estudantes na localidade de Guerrero, que revela os laços entre as forças de polícia e os grupos criminosos locais, foi vivamente condenado pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos.
Vários sindicatos e organizações estudantis convocaram uma greve nacional para a próxima semana, quando as autoridades afirmam ter detido mais de meia centena de pessoas envolvidas no desaparecimento dos estudantes.