O Reino Unido vai poder pagar os 2,1 mil milhões de euros adicionais para o orçamento comunitário até setembro de 2015, em vez de até 1 de dezembro.
Os ministros da Economia e das Finanças dos 28 Estados-membros, reunidos no Ecofin, decidiram pedir à Comissão Europeia uma alteração das regras para permitir adiar a data de pagamento das contribuições adicionais exigida por Bruxelas para o Orçamento de 2014.
David Cameron conta outra história…
“Isto estava longe de ser previsível porque a contribuição foi reduzida para metade, foi adiada, não pagaremos juros e alterámos as regras para que isto nunca mais aconteça. Isto são boas notícias”, disse o primeiro-ministro britânico.
A contribuição extraordinária foi exigida após o Produto Interno Bruto ter sido revisto em alta com a nova metodologia usada para as contas públicas. A contribuição a pagar pelo Reino Unido é a mais elevada.
“Não posso confirmar os números britânicos. A única coisa que sei é que o Reino Unido tem direito ao reembolso, o que já acontece há muito, muito tempo. Claro que este mecanismo do reembolso também se aplicará à nova contribuição, não é como se os britânicos tivessem conseguido hoje um desconto”,sublinhou o ministro holandês das Finanças, Jeroen Dijsselbloem.
Para alguns analistas, “o jogo de Cameron é claro”, uma vez que ao recusar pagar a 1 de dezembro mostra, antes das eleições de maio de 2015, que bate o pé a Bruxelas, num momento de crescente sentimento eurocético no Reino Unido.