Mais de duas dezenas de pessoas foram, hoje, detidas na Turquia durante operação policial ordenada pelo governo.
Entre elas está o presidente do grupo de comunicação social Samanyolu e o chefe de redação do jornal Zaman. Figuras próximas de Fethullah Gulen, antigo aliado de Recep Tayip Erdogan, e que o chefe de Estado acusa de tentar derrubar o Partido da Justiça e do Desenvolvimento.
Há muito planeada, a operação foi tornada pública há dois dias por um homem próximo do Presidente e de imediato condenada pela Associação de Jornalistas Progressistas da Turquia.
Indiferente às críticas, o primeiro-ministro turco justifica a operação com a necessidade de por fim uma conspiração que tinha por objetivo fazer cair o governo. Ahmet Davutoglu fala de uma rede que contava com o apoio elementos do partido Republicano do Povo e do chamado movimento Gulen.
No ano passado, o regime turco declarou guerra ao movimento do homem que se assume como herdeiro da tradição sufista e que, desde 1998, vive nos Estados Unidos. De aliado, Gulen passou a principal adversário político de Erdogan.
O movimento negou estar envolvido no inquérito que levou à detenção de figuras próximas do presidente, por suspeita de corrupção. Declarações que não convenceram Erdogan.