Nova doutrina militar da Rússia assinala NATO e EUA como ameaças principais

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Em nome da segurança, o Presidente russo aprovou uma nova doutrina militar. No documento, os Estados Unidos e a NATO são apontados como as principais ameaças, uma ideia que Vladimir Putin já tinha deixado transparecer na tradicional conferência de imprensa anual.

O texto substitui o que estava em vigor desde 2010 e a nível externo as mudanças geopolíticas e de segurança geradas com a tensão com a vizinha Ucrânia são invocadas como uma das justificações para a mudança.

O documento tornou-se conhecido depois da Ucrânia abandonar, na quarta-feira, o estatuto de país não alinhado, um passo que representa um avanço rumo a uma potencial entrada na Aliança Atlântica.

“Eles passaram a Ucrânia de parceiro estratégico a inimigo estratégico. Não os perdoamos por isso, pela anexação da Crimeia, pelas nossas vítimas no leste da Ucrânia. A Ucrânia está pronta para tais desafios. A Ucrânia está a desenvolver a doutrina militar e confrontaremos todas as ameaças da Federação Russa”, diz Sergey Pashinsky, responsável do Comité para a Segurança e Defesa do Parlamento ucraniano.

Através do texto, publicado na página da internet do Kremlin, fica também a saber-se que Moscovo vai multiplicar elementos estratégicos de defesa antimísseis para conter as ambições de certas potências que ensejam, considera a Rússia, a “superioridade militar.”

A prevenção de uma guerra nuclear ou qualquer outro tipo de conflito é central na política de defesa russa, de acordo com a doutrina.

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