Estes são dias parados
à beira do abismo
- uma ferida aberta
na voz do povo
por onde o mar se adentra
dói-me o sal das suas gargantas
em carne viva - já sem gritos
doem-me as suas mãos
cada vez mais vazias
E eu só queria que me dissesses
como acender as luzes dos seus olhos
e como apagar a noite lá fora...
Sónia M