A Comissão Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) confirmou, esta segunda-feira, que a oposição conseguiu as assinaturas de mais de 1% dos eleitores de cada estado, ficando assim cumprida mais uma fase para convocar o referendo que pode levar à destituição do Presidente Nicolás Maduro.
Em maio, a oposição submeteu 1,8 milhões de assinaturas pró-referendo, das quais 1,3 milhões foram validadas.
Nesta fase eram exigidas pelo menos 200 mil. Foram validadas perto de 400 mil.
“Os 24 Estados cumpriram com o requisito de um por cento de assinaturas válidas e o certificado será emitido pelo secretariado”, referiu Tibisay Lucena, presidente da CNE.
O governo de Maduro não reconhece a validade na medida. Jorge Rodríguez, representante do governo, diz que “o referendo revogatório está legalmente morto porque nada pode edificar-se numa base profundamente fraudulenta”.
A fase seguinte determinará se o referendo é ou não aprovado. Para isso, perto de quatro milhões de assinaturas devem ser recolhidas em apenas três dias e validadas.
Nicolás Maduro só será destituído se o “sim” no referendo ultrapassar os 7,5 milhões de votos conseguidos nas presidenciais de 2013.