O Museu Nacional do 11 de setembro assinala os 15 anos dos ataques em Nova Iorque com uma exposição de arte contemporânea. A mostra intitula-se “pensar o impensável: os artistas respondem ao 11 de setembro”. As obras foram realizadas por artistas de Nova Iorque afetados a nível pessoal e profissional pelos atentados de 2001.
“As obras dão-nos, de forma imediata, a verdade emocional daquele momento e podemos ver através dos olhos de outro pessoa, e da prática artística, a forma como ela lidou com as emoções que nós sentimos”, frisou a diretora do Museu, Alice Greenwald.
“Gesture” é uma instalação assinada pela artista plástica Manju Shandler e composta por três mil obras de pequena dimensão, tantas quantas o número de vítimas.
“Fiquei em choque e assustada como a maioria dos nova-iorquinos. Dias depois regressei ao meu estúdio. Não me lembro do que estava a fazer mas comecei este trabalho. Pensei em fazer uma pintura para cada pessoa morta e nessa altura não sabia qual seria o número total de vítimas”, disse a artista nova-iorquina.
O artista Gustavo Bonevardi assistiu ao colapso das torres da janela do seu apartamento. “Toda a gente viu aquela imagem daqueles papéis a flutuar no espaço, à medida que as torres ardiam rodeadas de um céu claro e azul. Isso teve uma certa beleza. Parecia que as almas das pessoas estavam a ser libertadas ou que as memórias se perdiam ou alguma coisa muito forte estava a acontecer”, explicou o artista.
A exposição pode ser visitada no Museu 11 de setembro, em Nova Iorque.