O Facebook reverteu, na sexta-feira, a decisão de censurar a histórica fotografia, de 1972, da guerra do Vietname que mostra uma menina nua a fugir de um bombardeamento com napalm.
O caso começou há semanas quando o escritor norueguês, Tom Egeland, postou fotografias de guerra, onde se incluiu aquela. O Facebook apagou-a de imediato.
A decisão da empresa de Mark Zuckerberg gerou uma onda de indignação um pouco por todo o mundo.
Facebook reverses decision on ‘Napalm girl’ photo after public criticism: https://t.co/kfXznDUiHT pic.twitter.com/Cv5Fo5KH3J— Reuters Top News (@Reuters) September 9, 2016
“Eu digo alto e em bom som que o que está a acontecer é perigoso. Quero começar uma discussão. Essa é a missão dos ‘media’: falar mesmo quando as coisas são desconfortáveis e criar discussões. Então, temos de esperar e ver qual será o resultado”, revela o editor-chefe do jornal Aftenposten, Espen Egil Hansen.
Indignada ficou também a primeira-ministra da Noruega. Erna Solberg publicou a imagem icónica que valeu ao fotógrafo Nick Ut Cong Huynh o Prémio Pulitzer.
Também o mural da governante foi censurado.
Solber afirma que “quase 90 por cento das pessoas com menos de 30 anos têm, hoje, nas redes sociais a principal fonte de informação e notícias. Se temos alguém que edita fotografias históricas importantes, que edita a nossa própria história, então nós perdemos a capacidade de como devemos entender a sociedade.”
A governante teme que se por causa de regras de restrição de nudez o Facebook resolveu censurar a fotografia que se tornou na imagem de um conflito, então outras fotografias, que se tornaram parte da história mundial podem ser também alvo de censura, desde que violem as regras da empresa norte-americana.