O documentário “Dugma” segue o quotidiano de dois bombistas suicidas na Síria. Para fazer o filme, o realizador seguiu de perto a vida dos dois protagonistas. Há 30 anos que o norueguês Paul S. Refsdal trabalha em zonas de guerra.
“Espero que o meu filme ajude as pessoas a compreender que os nossos inimigos são pessoas humanas, não são pessoas perfeitas: podem ser desajeitadas, às vezes cometem erros, arrependem-se e têm dilemas. Espero que no mundo do documentário, outras pessoas façam filmes deste tipo, para contar o outro lado das histórias”, explicou o realizador.
Um dos bombistas entrevistados pelo realizador é um cidadão britânico que se tornou terrorista da al-Qaeda.
“Não dou o meu ponto de vista. Não há uma voz a narrar os acontecimentos. Não digo às pessoas o que devem pensar. Só mostro o dia-a-dia dos rebeldes da al-Qaeda”, frisou o realizador.
“Dugma” venceu o prémio de melhor documentário de duração média, no Festival Internacional do Documentário do Canadá, e pode ser alugado na Internet.