Um míssil terra-ar transferido da Rússia está na origem da queda do avião de passageiros da Malaysia Airlines em 2014.
A conclusão da comissão internacional de investigação ao incidente no leste da Ucrânia, desmente a tese de Moscovo, que afirmava não ter qualquer responsabilidade na ação.
O resultado do inquérito foi apresentado hoje na Holanda, que afirma ter identificado 100 responsáveis pelo lançamento do míssil do território controlado pelos rebeldes pró-russos do leste da Ucrânia.
“Nós vimos muitas informações nos últimos 26 meses e agora vemos a confirmação daquilo que sempre nos pareceu ser a verdade sobre este incidente”, afirma a mãe de uma das vítimas.
O despenhamento tinha provocado a morte de 298 passageiros, a maioria de nacionalidade holandesa.
A Holanda prepara-se agora para abrir um processo nos tribunais contra os suspeitos.
“As famílias queriam saber quem foram os responsáveis. Se um míssil foi transferido da Rússia para a Ucrânia durante um dia, então houve uma decisão de alguém e não pode ter sido apenas de um soldado”, afirma Elmar Giemulla, o advogado das vítimas alemãs.
Os investigadores afirmam que o lançador que teria disparado o míssil BUK regressou a território russo pouco após o incidente.
Moscovo tinha afirmado até agora que um avião não identificado teria abatido o aparelho de passageiros, apontando responsabilidades ao exército ucraniano.
Para lá de 196 passageiros holandeses, o despenhamento provocou a morte de 27 australianos, 44 malaios e uma nova-zelandesa, entre outras nacionalidades.