Milhares de haitianos tentam agora salvar o pouco que ficou de pé após a passagem do furacão Matthew pelo país. O último balanço dá conta de cerca de 900 mortos, dezenas de vilas foram como que apagadas do mapa.
A real dimensão da tragédia começa a ser revelada uma vez que só agora se consegue chegar a zonas do sul da ilha que ficaram isoladas e sem electricidade ou telefone.
Um piloto de helicópteros norte-americano, Drew Garrison, que está a participar nas operações de ajuda, explica que “quanto mais nos aproximavamos de Jeremie e de Porto Principe, mais nos apercebiamos da total devastação. Tudo o que não era de betão foi destruído, as palmeiras partiram-se ao meio ou ficaram sem folhas. Muitas das pequenas vilas piscatórias ficaram destruídas”.
E depois do apelo do governo haitiano chega também a ajuda internacional vinda de vários pontos do mundo.
Os Estados Unidos já enviaram um navio com todo o tipo de auxílio. O presidente francês garantiu que se vai coordenar com os parceiros europeus para enviar ajuda de emergência.
O mais pobre país de todo o continente americano volta então a mergulhar no caos depois de em 2010 ter sido atingido por um terramoto devastador.
Entretanto a Organização Pan-Americana da Saúde alertou sobre um possível surgimento de cólera depois do furacão. Já este ano, antes do Matthew, tinham sido registrados 28.500 casos desta infecção intestinal com risco mortal.