Donald Trump enfrenta esta noite o segundo debate presidencial com um número crescente de deserções, ao mesmo tempo que se multiplicam os apelos no campo republicano para que abandone a corrida à Casa Branca.
Um dos últimos republicanos de renome a abandonar o candidato foi o senador John McCain, ex-nomeado do partido para as presidenciais de 2008, que afirmou que “não há desculpas para o comportamento ofensivo de Trump”, garantindo que o magnata não contará com o voto dele, nem da mulher.
There are no excuses for Donald Trump’s offensive behavior. Cindy & I will not vote for him. My full stmt: https://t.co/MOw0rx4LSI— John McCain (@SenJohnMcCain) 8 octobre 2016
A mais recente polémica acerca das declarações indecorosas sobre mulheres feitas por Trump em 2005 levou também a ex-secretária de Estado republicana Condoleezza Rice a afirmar que ele “não deve ser presidente” e “deve retirar-se” da corrida.
O líder republicano da Câmara dos Representantes, Paul Ryan, declarou-se “enojado” pelos comentários controversos do magnata. Mais de seis dezenas de figuras proeminentes do partido emitiram comunidados a condenar as declarações de Trump e mais de 20 pediram mesmo que abandone a candidatura.
As proud as I am to label myself a Republican, there is one label that I hold above all else – American. My full statement: pic.twitter.com/biRvY8S3aZ— Arnold (@Schwarzenegger) 8 octobre 2016
Mitt Romney, ex-governador do Massachussets e candidato do partido em 2012, declarou-se “ofendido pelo que foi dito e feito por Trump, que é degradante para as mulheres, filhas, netas e gerações futuras”.
O próprio “braço direito” do candidato, o nomeado republicano para a vice-presidência Mike Pence, distanciou-se de Trump, afirmando que “não pode defender” as polémicas declarações. Ao mesmo tempo, um número crescente de figuras no partido defendem que Pence assuma a posição do magnata como candidato presidencial, apesar de Trump ter garantido, este fim-de-semana, que não vai retirar-se.