Começou a batalha de Mossul. A ofensiva para libertar a segunda maior cidade do Iraque do autoproclamado Estado Islâmico junta forças com interesses distintos.
A norte avançam os combatentes curdos. Mossul é uma cidade de maioria sunita numa região tradicionalmente curda. Os peshmergas estão por isso na linha da frente e mostram-se motivados. No terreno estão também soldados turcos. Ancara não deseja que os curdos se estabeleçam como a principal força na região. Nos combates participam igualmente as milícias xiitas, apoiadas pelo Irão, as forças governamentais fiéis a Bagdade e os aviões da aliança internacional liderada pelos Estados Unidos.
Turkish forces near #Mosul must be treated as enemy combatants if they come near #Iraq's forces. They've done enough to delay #MosulOp.— Haidar Sumeri (@IraqiSecurity) 17 de outubro de 2016
O lançamento da ofensiva foi anunciado pelo primeiro-ministro iraquiano, Haider Al-Abadi, às primeiras horas desta segunda-feira. Os números das forças em presença não são conhecidos, embora várias fontes refiram a participação de cerca de 25 mil homens do lado dos assaltantes e perto de 4 mil entre os sitiados. Para evitar abusos e confrontos entre sunitas e xiitas, Al-Abadi afirmou que só as forças governamentais irão entrar na cidade. Os combates deverão durar, no mínimo, duas semanas.
Mossul foi tomada pelo Daesh em junho de 2014. A cidade tinha cerca de dois milhões de habitantes e terá pedido metade dos residentes. A ONU receia mais um drama humanitário.
As Iraqi forces invade Mosul—the last ISIS stronghold in Iraq—grim details of the extremist group’s rule emerge. https://t.co/bePKMxRNM6— National Geographic (@NatGeo) 17 de outubro de 2016