Turquia: Polícia dispersa manifestações de apoio a deputados pró-curdos

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Na Turquia, às detenções seguiram-se as manifestações. De Istambul a Diyarbakir, passando por Ancara ou Antália, a polícia dispersou, com mais ou menos violência, as manifestações pró-curdas que se formaram, no país.

Os manifestantes protestavam contra a detenção, durante a noite, de 11 deputados do HDP, o partido pró-curdo e terceira força parlamentar do país.

Turkish police are attacking in Ankara people who are protesting against the detentions of HDP MPs. (deniz_nazlim) pic.twitter.com/84jMZnc4ay— Turkey Untold (TurkeyUntold) November 4, 2016


Oito dos 11 detidos foram, entretanto, formalmente acusados e encontram-se em prisão.

Entre eles, os dois codirigentes do partido, Selahattin Demirtaş e Figen Yüksekdağ.

“Agentes de polícia à porta da minha casa, em Diyarbakir, com um mandado de detenção” – informou Selahattin Demirtaş, via Twitter.

Diyarbakırda evimde zorla gözaltına alınma kararı ile emniyet yetkilileri kapımdalar— Selahattin Demirtaş (@hdpdemirtas) 3 novembre 2016


Demirtaş foi detido em casa, em Diyarbakir, cidade situada no sudeste da Turquia, uma zona de maioria curda. Durante a semana, o presidente da câmara local já tinha sido igualmente detido.

Figen Yüksekdağ, a líder do partido na capital turca, está igualmente presa. Durante a noite, a polícia invadiu a casa de Yüksekdağ, que se recusou a ler a intimação e criticou os procuradores.

A polícia também efetuou buscas na sede do partido, em Ancara.

Segundo o ministério do Interior, foram emitidos mandados de captura contra 13 membros do partido, mas dois dos visados encontram-se, aparentemente, no estrangeiro.

Erdogan's government detains at least 11 pro-Kurdish democratically elected HDP deputies, blocks access to Internet. pic.twitter.com/YmUpL3TZAp— Barbarossa (@BarbarossaKaya) November 4, 2016


Os outros seis presos são İdris Baluken, Gülser Yıldırım, Nursel Aydoğan, Leyla Birlik, Selma Irmak e Ferhat Öncü.

Todos recusaram testemunhar nas alegadas investigações antiterroristas levadas a cabo pelo governo turco.

Ancara, que pôs fim à imunidade parlamentar desde que declarou o estado de urgência após a tentativa de golpe de Estado, acusa o HDP de ser o braço político do PKK, o partido do Povo do Curdistão, classificado como organização terrorista pela Turquia, mas também pelos Estados Unidos e pela União Europeia.

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