A diplomacia da União Europeia emitiu um comunicado, esta terça-feira, no qual exortou o governo turco a salvaguardar a democracia parlamentar, o Estado de Direito e as liberdades fundamentais.
My statement on behalf of the 28 EU Member States on recent developments in #Turkey https://t.co/DOeHH7Ik8I— Federica Mogherini (@FedericaMog) 8 de novembro de 2016
O presidente da Comissão Europeia foi mais longe ao acusar a Turquia de “se afastar da Europa a cada dia que passa”. Jean-Claude Junker avisou que uma das consequências deste afastamento poderá ser a não-aplicação do acordo que permitirá aos turcos viajarem na Europa sem necessitarem de um visto. E que nesse caso “o presidente Erdogan terá de explicar ao seu povo que foi ele quem não cumpriu as condições do acordo”.
Desde a intentona de julho que o governo turco tem efetuado uma purga no país. Mais de 100 mil militares, polícias, magistrados, funcionários públicos e jornalistas foram detidos ou suspensos das suas funções. Ancara acusa também algumas capitais ocidentais de albergarem o que considera ser organizações terroristas.
O chefe da diplomacia turca, Mevlut Cavusoglu, instou os países europeus a mudarem de perceção e “a deixarem de consideraram a Turquia como uma democracia de segunda classe”.
A detenção na sexta-feira dos 12 parlamentares do partido pró-curdo HDP foi a gota de água que fez a diplomacia europeia agir. A deterioração das relações entre Bruxelas e Ancara ameaça também o acordo que pôs um travão ao fluxo de refugiados.
EU-Turkey migrant deal risks collapse, warns #Austria https://t.co/9pjxx2dGjQ— EUobserver (@euobs) 8 de novembro de 2016