Donald Trump domina a última viagem de Barack Obama à Europa. De visita à Grécia e à Alemanha, o presidente norte-americano defendeu as relações transatlânticas, ao nível comercial e militar, a semanas do seu sucessor poder pôr em causa os acordos que ligam os dois continentes.
Obama aterrou esta noite em Berlim para se reunir com a Chanceler alemã Angela Merkel, e os líderes do Reino Unido, França, Itália e Espanha, na sexta-feira.
Num artigo conjunto assinado com Merkel, Obama defendeu o acordo de livre-comércio com a União Europeia e a luta conjunta contra as alterações climáticas, assegurando que “não haverá um regresso a um mundo anterior à globalização”.
Esta manhã, na Grécia, onde tinha iniciado a visita, Obama afirmou que a relação transatlântica, “é a pedra angular da segurança mútua e da prosperidade” dos dois continentes:
“Nos últimos anos fizemos investimentos históricos na NATO, aumentamos a presença da América na Europa e hoje a NATO, a maior aliança militar mundial, está mais forte que nunca. Tenho confiança que, como o compromisso da América com esta aliança perdurou durante sete décadas, quer seja sob uma administração republicana ou democrata, que este compromisso vai perdurar, incluindo aquele relativo à obrigação de defender cada aliado”.
No berço da democracia, Obama tinha apelado à luta contra os extremismos e o populismo num continente marcado tanto pela vitória dos eurocéticos no Reino Unido, como pela perspetiva de que a vaga isolacionista possa atingir outros países como a França.
Na sexta-feira, Obama deverá discutir com os líderes europeus a possibilidade de reforçar as sanções contra a Rússia, quando o seu sucessor no cargo defende uma reconciliação com Moscovo.