A Amnistia Internacional (AI) denuncia a repressão do governo russo sobre a sociedade civil do país, quatro anos após a entrada em vigor da chamada lei dos “agentes estrangeiros”.
A legislação introduzida por Vladimir Putin para silenciar as organizações mais críticas, obrigou ao encerramento de pelo menos 27 associações, privadas do único financiamento vindo do estrangeiro.
“Nós na Amnistia Internacional pensamos que as autoridades russas têm que aprender a aceitar as críticas construtivas das organizações da sociedade civil e a trabalhar com estas ONGs. Esta lei tem que ser abolida e esperamos que isto aconteça um dia”, afirmou o responsável da AI na Rússia, Sergei Nikitin.
Entre as ONGs visadas pela lei encontram-se associações de defesa dos direitos humanos, como a Memorial, de observação das eleições, como a Golos, ou grupos de ecologistas ou de defesa das vítimas de tortura.
O relatório foi apresentado um dia antes da AI reabrir os seus escritórios em Moscovo, selados pelas autoridades durante 16 dias, na sequência de um alegado “problema técnico”.