Milhares de trabalhadores da área da saúde, mas também da educação, ação social ou ainda da cultura, marcharam pelas ruas de Bruxelas, esta quinta-feira, em protesto contra a deterioração das condições de trabalho e cortes nos orçamentos.
17.000 pessoas, segundo a polícia, 20.000, segundo os sindicatos tomaram parte no protesto.
Para uma enfermeira, “ao olhar para as condições de trabalho, por exemplo, nos lares, onde os salários são baixíssimos, e vendo as medidas que o governo quer implementar, a única solução é protestar nas ruas”.
Um sindicalista acrescenta que o projeto do governo “vai reduzir salários e deteriorar as condições de trabalho”, referindo que “não é normal que um funcionário de um lar tenha de ajudar 16 idosos a prepararem-se para dormir e voltar a fazer o mesmo, sozinho, na manhã seguinte”.
Na Bélgica, trabalham em serviços sem fins lucrativos cerca de 500.000 pessoas, mais de 15% do mercado de trabalho no país.
Os representantes sindicais já foram recebidos pelo governo mas ainda não há um calendário negocial. Os trabalhadores prometem mais protestos antes do final do ano.