Paolo Gentiloni recebeu o voto de confiança do Parlamento italiano. Depois da Câmara dos deputados, esta quarta-feira foi a vez do Senado aprovar por maioria a nomeação de Gentiloni como novo primeiro-ministro.
169 votos a favor, 99 contra.
O novo chefe do executivo falou no Parlamento e dirigiu-se sobretudo à oposição que considera esta nomeação ilegítima, depois do resultado do referendo: “todos os que lutaram nos últimos meses a favor do parlamento, contra aquilo a que chamo de tentativa autoritária, agora peço-lhes que respeitem o parlamento, as suas regras e participem nas reuniões de forma digna, com o civismo que exige a constituição.”

Paolo Gentiloni deve governar até serem realizadas novas eleições. Mas essa é também uma grande questão na vida política italiana: até fevereiro o tribunal Constitucional deve pronunciar-se sobre a reforma do sistema eleitoral, ou seja, neste momento não se sabe se será possível marcar ou não eleições antecipadas.

Entrentanto, Matteo Renzi deve começar de imediato a campanha. Aliás, vários analistas acreditam que não estando a liderar o governo, Renzi estará mais livre para lutar contra os crescentes movimentos populistas que conseguiram derrotá-lo no referendo.