É o primeiro grupo de afegãos a serem deportados da Alemanha depois de um acordo entre Cabul e Berlim.
32 pessoas que viram o governo alemão recusar o pedido de asilo chegaram esta quinta-feira à capital afegã.
Milhares de afegãos juntaram-se aos migrantes do médio oriente e de outras regiões em 2015 e tornaram-se no segundo maior grupo de candidatos a asilo na Alemanha em 2016.
“Estava a viver e a trabalhar lá nos últimos cinco anos, até mesmo a pagar impostos mas fui deportado porque as candidaturas a asilo de afegãos estão encerradas. Não pode ser dado asilo aos afegãos, eles têm que sair”, diz deportado.
Há quem pense que estão a ser discriminados pelo facto de um adolescente afegão ter sido recentemente detido por existirem fortes suspeitas de ter violado e assassinado uma jovem em Berlim.
“Desde que essa pessoa foi violada por um afegão – eu até ouvi dizer que ele era grego – todos os afegãos estão a ser deportados. Não estão a deporta iranianos, não estão a deportar paquistaneses, mas porquê os afegãos?”, questiona uma das pessoas que foram reenviadas para o Afeganistão.
Nas últimas semanas a Alemanha têm assistido a protestos contra as deportações. Os críticos afirmam que o país não é seguro e que os deportados poderão enfrentar represálias.
De acordo com fontes oficiais, em novembro, a Alemanha tinha cerca de 125.000 pedidos de asilo afegãos em avaliação.