Ataque de Istambul: Funerais de vítimas islâmicas já estão a decorrer

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Alguns dos 39 corpos das vítimas do ataque de Ano Novo na discoteca de Istambul, na Turquia, já foram entregues às famílias e os funerais começaram logo no domingo, com um agente de turismo muçulmano, apanhado pelo atirador e que deixou mulher e dois filhos.

Esta segunda-feira, foram a enterrar o polícia morto e o segurança da discoteca, ambos também muçulmanos e mortos pelo atirador logo à entrada do clube noturno.

O segurança, Fatih Çakmak, tem a curiosa história de ter sobrevivido ao atentado de 10 de dezembro junto ao estádio do Besiktas, após o jogo entre a equipa do português Ricardo Quaresma e o Bursaspor, no qual morreram 45 pessoas entre polícias e civis.

Agora, Fatih Çakmak tinha sido contratado para fazer a segurança na famosa e exclusiva discoteca Reina, em Istambul, e foi uma das primeiras vítimas do homem que invadiu aos tiros aquele clube noturno 75 minutos após a mudança de ano, no calendário gregoriano, uma data celebrada por tradição pelos cristãos.

O segurança foi dos primeiros a ser morto pelo atirador, deixa mulher e um filho.

Görgü tanıkları dehşet anlarını anlattı: ‘50 kişi bir tuvalete saklandık’ https://t.co/PjnqpBnar1 pic.twitter.com/uZ1hIvmFdr— Hurriyet.com.tr (@Hurriyet) 2 de janeiro de 2017

(Testemunhas do ataque: “50 pessoas esconderam-se na casa de banho.”)

Presente no funeral de Fatih Çakmak esteve o dono da discoteca. Mehmet Koçarslan ainda está incrédulo: “Não sei como é que o atirador conseguiu entrar na discoteca apesar de toda a informação existente e de todas medidas de segurança?”

“Só posso chamar a esta criatura um demónio. Nem sequer o posso considerar um terrorista. Não sei como é que ele conseguiu entrar na discoteca”, reforçou o dono do clube.

Reina, um dos espaços de diversão noturna mais famosos da Turquia, situado na margem europeia do estreito do Bósforo, olhando para o lado asiático de Istambul, e onde se costumam encontrar celebridades das mais diversas áreas, incluindo futebolistas.

Nas imediações da discoteca, foi improvisado um memorial pelas vítimas do ataque.

O processo de identificação dos 39 mortos está, entretanto, completo e inclui três pessoas com passaporte europeu: uma mulher franco-tunisina e duas vítimas partilhando a nacionalidade turca com a alemã, uma delas, e belga, a outra.

The toll from the Istanbul attack pic.twitter.com/BWkMsG7C5F— AFP news agency (@AFP) 2 de janeiro de 2017

O grupo terrorista Estado Islâmico reivindicou o atentado e justificou-o como resposta à Turquia, pela proteção concedida aos cristãos, que naquela discoteca celebravam a passagem de ano. Mais uma vez, no entanto, os “jihadistas” realizaram um ataque indiscriminado e acabaram por matar também muçulmanos.

O atirador demorou-se cerca de sete minutos no interior da discoteca, a disparar indiscriminadamente, e conseguiu fugir aproveitando o caos instalado no local.

İşte Reina’daki teröristin en net görüntüsü! https://t.co/2uNWyBiU8S pic.twitter.com/VGPNpqvbvH— Hurriyet.co

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