As autoridades alemãs detiveram, preventivamente, em Berlim, um tunisino de 26 anos, com alegadas ligações a Anis Amri.
O jovem terá estado, durante bastante tempo, com o presumível autor do ataque no mercado de Natal em Berlim na véspera da tragédia.
A polícia alemã investiga uma possível ligação e conhecimento dos planos do atentado que vitimou 12 pessoas.
Os dois, e de acordo com a procuradoria alemã, conheciam-se, pelo menos, há um ano:
“De acordo com a informação que temos, atualmente, este suspeito e Anis Amri conheciam-se desde final de 2015.
Através das nossas investigações descobrimos que eles se encontraram, na noite anterior ao ataque, num restaurante em Berlim, no distrito de Gesundbrunnen”.
Na noite de terça para quarta-feira a polícia alemã fez buscas ao quarto onde está alojado este tunisino e apreendeu vários objetos.
Anis Amri acabou baleado mortalmente em Milão, Itália, para onde conseguiu fugir, a 23 de dezembro. A polícia italiana confirma agora, depois de feitos os testes às munições, da arma que tinha consigo, e às que foram disparadas em Berlim, que se trata da mesma pistola que matou o condutor polaco do camião TIR desviado e utilizado no ataque.
Na semana passada os investigadores alemães tinham já concluído que Anis Amri transitou também pela Holanda e França.
Entretanto, a Procuradoria Geral da Suíça (OAG) informou, esta quarta-feira, que abriu um processo criminal, contra desconhecidos, mas em ligação com o ataque em Berlim. Para já as autoridades suiças ainda não sabem, exatamente, quem ou quantas pessoas poderão estar envolvidas.
O processo baseia-se no alegado apoio de uma organização criminosa e pelo facto de ter sido violada a decisão suiça de banir o grupo Estado Islâmico e a Al Qaida, informa em comunicado a OAG.
O inquérito está a ser realizado em estreita colaboração com autoridades estrangeiras.