A Comissão Europeia defende o prolongamento por mais três meses dos controlos em determinadas fronteiras do espaço Schengen de livre circulação, devido ao fluxo migratório.
Os Estados-membros envolvidos na recomendação enviada, esta quarta-feira, ao Conselho da União Europeia, são a Áustria, Hungria, Eslovénia, Alemanha, Dinamarca e Suécia.
O comissário europeu para a Imigração e Assuntos Internos, Dimitris Avramopoulos, explicou que “não devemos esquecer que 60 mil refugiados permanecem bloqueados na Grécia e ao longo da chamada rota dos Balcãs, sendo que o sistema de relocalização não está a funcionar. Esses são problemas muito concretos que temos de enfrentar e que nos levaram a tomar a decisão de fazer esta proposta”.
A situação ficou mais calma desde março passado, não porque a União tenha criado novos mecanismos para gerir os fluxos migratórios, mas devido ao acordo com a Turquia para travar a chegada de mais pessoas.
A eurodeputada socialista eslovena Tanja Fajon está contra o prolongamento, argumentando que “é uma mensagem muito negativa para os cidadãos, causa danos económicos e é muito contraditória”.
“Por um lado, a Comissão Europeia diz que se deve repor plenamente a livre circulação de Schengen, que é um grande marco da União mas, por outro lado, age completamente ao contrário”, acrescentou.
A reposição de controlos em curso vigora até 12 de fevereiro e deverá ser prolongada até meados de maio. A recomendação terá de ser aprovada pelos 28 países da União Europeia.