Mais de 4000 pessoas denunciam abusos sexuais por religiosos na Austrália

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Na Austrália, mais de 4000 pessoas denunciaram abusos sexuais a menores, perpetrados entre 1980 e 2015, por centenas de religiosos. A informação é avançada, esta segunda-feira, num relatório apresentado durante uma nova ronda de audiências da comissão que investiga estes crimes no país.

Entre os implicados estão homens que desempenhavam altos cargos em mais de um milhar de instituições da Igreja.

“As crianças eram ignoradas ou pior, punidas. As queixas não foram investigadas. Os sacerdotes e religiosos foram transferidos. As paróquias ou comunidades para as quais foram transferidos não sabiam nada sobre o seu passado. Os documentos não foram guardados ou foram destruídos. O segredo prevaleceu, assim como os encobrimentos”, explicou Gail Furness, advogada assistente da comissão.

Os dados apresentados dão conta de que a maioria das denúncias, 78%, foi feita por pessoas do sexo masculino.

Até agora o Papa Francisco não se pronunciou sobre mais este caso que promete abalar a sua Igreja.

Nos últimos anos foram vários os escândalos de pedofilia que surgiram no seio da Igreja Católica, em vários países.

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