Bucareste voltou a viver outra noite de protestos, apesar de ter sido revogado o decreto que aliviava a legislação anticorrupção na Roménia.
A demissão do ministro da Justiça, promotor do polémico texto, não é suficiente para muitos manifestantes, que exigem a saída do recém formado governo social-democrata.
Um contestatário diz que não confia no executivo, “porque diz uma coisa e faz outra. Por isso, até que faça o que prometeu, [os protestos] vão continuar”.
Outro diz que quer “uma nação melhor, com a aplicação da justiça e onde os direitos sejam ouvidos e respeitados”.
“Não se trata de reclamar salários ou pensões”, explica outro, acrescentando que os manifestantes “estão aqui por um princípio e um ideal. E quando se unem por um ideal, são bastante fortes”.
Apesar de ter retirado o polémico decreto, o governo romeno pode, segundo a procuradora-chefe do Departamento Nacional Anticorrupção, voltar a tentar despenalizar determinados casos de corrupção. Laura Kovesi considera que “o risco [de outras alterações legislativas] continua a existir”.