Donald Trump avança com a agenda protecionista: o presidente dos Estados Unidos assinou dois decretos que pretendem travar as “violações” das práticas comerciais por parte de outros países que, segundo a sua administração, contribuem para o défice norte-americano, prejudicam a indústria e põe em causa um grande número de postos de trabalho no país.
Trump afirmou que a administração quer “garantir que é recolhida a totalidade dos impostos devidos dos importadores estrangeiros, que enganam [o sistema]. A partir de agora, os que quebram as regras irão enfrentar as consequências, que serão bastante severas”.
Trump preconiza mudanças radicais em matéria comercial, pondo em causa vários acordos de livre comércio, tanto regionais como mundiais. A sua administração pretende também reformar a Organização Mundial do Comércio.
Entre os países na mira do presidente norte-americano, está a China e Trump alertou, no Twitter que “o encontro da próxima semana” com o gigante asiático “será bastante difícil”, porque os Estados Unidos “não podem continuar a ter enormes défices comerciais”.
A posição da Casa Branca a respeito do setor da siderurgia ilustra a “linha dura” de Washington, que acusa grupos europeus e asiáticos de praticarem o “dumping”, em detrimento da indústria norte-americana.