Duas pessoas morreram esta quarta feira em protestos contra o presidente venezuelano Nicolas Maduro.
Cerca de duas dezenas de estações de metro foram encerradas em Caracas, onde um forte dispositivo policial e militar teve confrontos com manifestantes, mas a “mãe de todas as marchas”, como lhe chamou a oposição venezuelana, saiu hoje às ruas da capital, de 26 pontos distintos e com destino à Defensoria del Pueblo, um género de Procuradoria popular tido como bastião chavista.
Jovem baleado na cabeça em grande manifestação contra Nicolás Maduro https://t.co/apqLIf2RcD— Público (@Publico) 19 de abril de 2017
A oposição a Maduro pede a reposição da constitucionalidade quebrada com a Sentença do Supremo Tribunal contra o Parlamento e eleições.
Miguel Pizarro, deputado da oposição, declarava aos manifestantes: “Essa parte da história, estamos a escrevê-la agora. Não vamos deixar que nos digam que é impossível. Somos a maioria. Somos muito mais. E vamos mudar este país, mesmo que eles não o queiram.”
O chavismo apelou também aos partidários para que mostrassem nas ruas o apoio à “revolução bolivariana” e a lealdade ao falecido presidente Hugo Chavez. Os apoiantes de Maduro, herdeiro político de Chavez, aceitaram o repto e Caracas foi durante mais um dia o cenário da medição de forças, cada vez mais tensas, dos dois pólos políticos.
A vaga de protestos começou a 1 de abril depois da decisão do Supremo Tribunal de Justiça de assumir poderes do Parlamento, mesmo que, 48 horas depois, tenha retrocedido na decisão.
11 países latino-americanos tomaram posição sobre as manifestações Venezuelanas,pedindo esta segunda feira a Caracas que garanta o direito de protresto pacífico, – face à repressão das forças da ordem que detiveram mais de 200 pessoas – mas o governo venezuelano classificou o apelo como “ingerência grosseira”.