Milhares de venezuelanos, em várias cidades do país, saíram às ruas, este sábado, marcando 50 dias de protesto contra o regime de Nicolás Maduro.
Estima-se que só em Caracas, mais de 200 mil pessoas marcharam contra o presidente que não retrocede na sua proposta de convocar uma Assembleia Nacional Constituinte.
#May20 incredible demonstration of Venezuelan in the main highways of Caracas. #MaduroDICTADOR pic.twitter.com/U4caKnjqr4— Angelo Torrealba (@angeloTJ) May 20, 2017
Para o líder da oposição, Henrique Capriles, “estes 50 dias têm sido, praticamente, um massacre contra o povo da Venezuela” e assegura que “no dia 50, no meio de mais opressão, há mais resistência e mais luta pela Venezuela”.
Os protestos degeneraram, mais uma vez, em confrontos entre os contestatários, os chavistas e as forças policiais.
Young musicians ask police forces to stop repression in #Caracas. Police responded with teargas #Venezuela #M20 pic.twitter.com/yZXXWmCAk0— zαиє✮яєвєℓ (@ZaneRebel) May 21, 2017
Segundo a oposição, desde 1 de abril, altura em que começaram os protestos, pelo menos 50 pessoas morreram, 1300 ficaram feridas e cerca de duas centenas foram julgadas em tribunais militares.
Milhões de venezuelanos estão furiosos com o Governo de Maduro, culpando-o pela inflação crescente, a escassez de tudo (desde alimento aos medicamentos) e pela repressão aos Direitos Humanos.
Os contestatários exigem eleições gerais e a libertação dos presos políticos
O Governo afirma que os manifestantes estão a tentar fomentar um golpe de Estado sob a retórica pró-democracia.