Vão ser necessários mais quatro meses para limpar completamente o edifício e recuperar os restos daqueles que morreram no incêndio que a 14 de junho atingiu a Torre Grenfell, em Londres.
O sargento da polícia metropolitana, Alistair Hutchins, adianta que está perante a mais complexa missão em que já trabalhou: “É difícil. Provavelmente, é o pior incidente com que já tive de lidar – e eu já lido com com identificação de vítimas de catástrofe há 18 anos. Já lidei com muitos incidentes mas nenhum foi tão duro e desafiante, tanto emocional como fisicamente.”
Pelo menos oitenta pessoas estão dadas como mortas ou desaparecidas devido ao fogo que atingiu o edifício de habitação social de 24 andares.
A polícia disse que acreditava que cerca de 255 pessoas escaparam do incêndio na torre de North Kensington
“Estamos a fazer um trabalho muito minucioso em todos os andares e apartamentos. Isto envolve agentes de joelhos, usando pequenas espátulas e pás, remover detritos dos apartamentos e usar peneiras. As redes das peneiras vão até um tamanho de 6 milímetros, para poder garantir que encontramos pequenos fragmentos de osso, dentes ou qualquer parte identificável do corpo humano,” adiantou o sargento Hutchins
Mais de 30 vitimas mortais já foram identificadas pela polícia. As autoridades alertaram para o facto de que algumas das vítimas mortais poderem nunca vir a ser identificadas devido à intensidade do fogo.