A Venezuela está mais dividida do que nunca. Em confronto duas assembleias: o parlamento eleito e a assembleia constituinte que assumiu funções no fim-de-semana.
Os deputados do parlamento garantem que não reconhecerão nunca a assembleia constituinte. O impasse é total e a tensão não pára de crescer.
O deputado da oposição, Jose Manuel Olivares, afirma: “esta assembleia nacional legislou para resolver os problemas das pessoas. Esta farsa de constituinte o que fará é resolver o problema político de Maduro, para distribuir quotas, distribuir cargos para seguir gerindo um país de ódio e confrontação”
Os apoiantes de Maduro também fazem ouvir as suas vozes nas ruas e na nova assembleia constituinte, como é o caso de Diosdado Cabello, o dirigente socialista nomeado para este órgão:
“Os da direita continuam a atacar-nos mas nós continuamos a trabalhar e a avançar. Quanto às decisões tomadas, é importante que o país saiba que todas seguem estritamente a legislação da constituição de 1999”.
Mas para a oposição, esta assembleia é ilegal, assim como é ilegal a nomeação de um novo procurador da república pela assembleia constituinte. Os deputados do parlamento não tencionam reconhecer o substituto da procuradora demitida, Luisa Ortega Diaz.
A oposição continuam a apelar ao boicote à nova constituinte. O MUD, que agrupa os principais partidos opositores ao regime, apelou ao bloqueio das ruas de Caracas esta terça-feira.
Esta segunda-feira, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) anunciou a lista dos partidos que podem inscever-se para as eleições regionais de dezembro e proíbe a coligação da oposição de se apresentar em 7 dos 23 estados do país.