Com Reuters
A Comissão Eleitoral do Quénia rejeitou as acusações do líder da oposição, Raila Ondinga, que disse que o processo estava minado por fraudes e que os resultados das presidenciais foram forjados de forma a que o presidente Uhuro Kenyatta saísse beneficiado.
Os últimos resultados provisórios divulgados pela Comissão Eleitoral Queniana dão a vitória a Kenyatta, com 54,3% dos votos e 44,8% a Ondinga, o que se traduziria numa diferença de 1,4 milhões de votos para aquele que seria, para já, o vencedor. Foram contados 97% dos votos.
Foram registados vários protestos na região da capital, Nairobi, dos quais resultaram vários mortos em confrontos entre manifestantes e autoridades.
Odinga says #Kenya election hacked to show lead for president Kenyatta #KenyaDecides https://t.co/HNTcSvczVG— Reuters Africa (@ReutersAfrica) 9 de agosto de 2017
Segundo a agência Reuters, pelo menos quatro pessoas morreram. Os números não tinham sido, até quarta-feira à noite, confirmados pelas autoridades.
Os distúrbios das últimas 24 horas recordam os quenianos dos graves confrontos que marcaram as presidenciais de 2007, durante os quais morreram cerca de 1200 pessoas.
Odinga, candidato descontente
Esta não é a primeira vez que Ondinga se apresenta a umas eleições e não é a primeira vez que acusa o processo de ser uma fraude.
Em 2007, quando perdeu o escrutínio, deram-se violentos confrontos que terminaram com acusações da parte do Tribunal Internacional dos Direitos Humanos contra o presidente Kenyatta, mas, como muitas testemunhas desapareceram ou morreram, o caso foi abandonado.
Em 2013, a Justiça confirmou os resultados das eleições, que foram também postos em causa por Odinga.