Uma antevisão de como devem mudar as regras de admissão de novos imigrantes no período pós-“Brexit” promete trazer dores de cabeça adicionais na gestão do complexo processo.
O diário “The Guardian” teve acesso a um documento secreto do Governo – com caráter comprometedor – que refere, entre outras coisas, em pouco mais de 80 páginas, que “a imigração tem que ser um lucro para o país, beneficiando quem chega, mas também melhorando o nível de vida das pessoas que já são residentes.”
Na prática, deverá ser dada prioridade a trabalhadores altamente qualificados.
Em entrevista à agência Reuters, o antigo ministro conservador Michael Heseltine, um europeísta, disse que o “Brexit” poderá ser revertido no caso da fatura económica ser demasiado pesada: “Julgo que há uma possibilidade do ‘Brexit’ não acontecer. Mas será precisa uma mudança na opinião pública. Atualmente assistimos a um partido Conservador profundamente dividido que está a ser conduzido por defensores do ‘Brexit’ e pela memória do referendo. Os defensores da permanência na União Europeia ainda não obtiveram as provas de que precisam de uma mudança da opinião pública.”
Alguns líderes europeus sugeriram que o Reino Unido poderá mudar de ideias.
O antigo primeiro-ministro britânico John Major já disse ser “perfeitamente credível” o cenário de um segundo referendo à saída da União Europeia.