O Governo colombiano e a guerrilha Exército de Libertação Nacional (ELN) emitiram ordens para, a partir de domingo, se iniciar um cessar-fogo bilateral de 101 dias, o primeiro em 53 anos de existência do grupo rebelde.
Um marco nas conversações de paz que o Governo e o ELN iniciaram em fevereiro passado, em Quito, e pareciam não dar frutos, até ao anúncio inesperado de fim das hostilidades feito a 4 de setembro.
“Este cessar-fogo bilateral não só travará ações ofensivas entre as partes como também trará alívio humanitário importante para o povo colombiano,” declarou o Comandante do ELN, Nicolas Rodríguez, mais conhecido como Gabino.
O Presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, pretende que o acordo se venha a traduzir no abandono das armas, como sucedeu com as FARC.
“As forças militares e policiais, que fique claro, continuarão a cumprir os seus deveres constitucionais em todo o país,” esclareceu o Presidente Juan Manuel Santos
Santos lembrou que esta será a primeira trégua com o ELN e que isso implica que a guerrilha tem de “parar de sequestrar, recrutar menores, colocar minas e atacar infraestruturas “.
O Governo colombiano e a guerrilha do ELN enviaram, sexta-feira, um pedido ao Conselho de Segurança para garantir a participação da ONU no mecanismo que vai supervisionar o cessar-fogo bilateral.