Milhares de irlandeses manifestaram-se, este sábado, em Dublin para exigir alterações à legislação sobre o aborto, na Irlanda, uma das mais restritivas da Europa.
O Governo irlandês anunciou, na terça-feira, que vai realizar um referendo, em maio ou junho de 2018, sobre o assunto.
Thousands marched in Dublin to protest Ireland’s abortion ban, one of the strictest such laws in the Western world https://t.co/iQZVS72QLG pic.twitter.com/gypimZOUZ5— The New York Times (@nytimes) September 30, 2017
O aborto, no país, não é totalmente interdito. A Constituição estipula que apenas pode ser realizado em caso de perigo para a mãe.
“Estamos muito mais atrasados, em termos globais, do que devíamos estar e é ridículo”, afirma um irlandês.
Uma irlandesa, que defende o direito da mulher defende que “ninguém deve ser obrigado a estar grávida, se não quiser”.De acordo com a legislação atual, abortar de forma ilegal, na Irlanda, constitui um crime passível de uma pena de 14 anos de prisão.
Contra a interrupção voluntária da gravidez, uma irlandesa conta assegura que “o aborto não ajuda as mulheres nem vai ao encontro das suas necessidades. Eu tive um filho depois de uma violação e o aborto ter-me-ia destruído e ao meu bebé também.”
Todos os anos, milhares de irlandesas viajam para o estrangeiro, em especial para o Reino Unido, para realizar uma interrupção voluntária da gravidez de forma legal.