Ondas gravitacionais: da teoria à prática

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Um professor da Universidade francesa de Lyon explica a importância do prémio Nobel da Física deste ano, atribuído aos primeiros trabalhos de deteção de ondas gravitacionais. Trata-se da primeira vez, desde a teoria elaborada por Albert Einstein, que um grupo de cientistas conseguiu medir a deformação espacio-temporal provocada pelas modificações de energia ou de trajetória de buracos negros ou de estrelas gigantes no Universo.

“É a primeira vez que utilizamos um instrumento totalmente diferente para explorar o universo. Não se trata mais de obter sinais de luz ou ondas eletromagnéticas, mas de ouvir estas vibrações que se propagam ao longo do universo”, afirma Giampietro Cagnòli, Professor de Física na Universidade de Lyon 1.

“Nós costumamos imaginar o espaço como algo indeformável, mas na realidade pode ser deformado e estas deformações propagam-se pelo universo como uma onda. Uma fonte habitual de ondas gravitacionais é por exemplo aquela produzida pela colisão de dois buracos negros”.

O Nobel distingue assim a primeira deteção deste tipo de ondas, no laboratório norte-americano LIGO (Laser Interferometer Gravitational-wave Observatory), desde 2015 até Janeiro deste ano.

Na corrida à nova tecnologia, considerada como uma nova janela sobre o universo, o detetor europeu Virgo registou as primeiras ondas gravitacionais em Agosto deste ano, em Pisa em Itália.

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