Parlamento grego vota reconhecimento dos transgénero

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Com Apostolos Staikos, em Atenas

Anna sente-se mulher, mas nasceu num corpo de homem e é como homem que a lei da Grécia a identifica. Uma situação que pode mudar com o voto no parlamento, esta terça-feira, do reconhecimento da chamada “identidade de género”. Até agora, só quem passou por uma cirurgia de mudança de sexo pode ver a situação reconhecida legalmente: “Abrir uma conta no banco, ir buscar uma encomenda aos correios, arrendar uma casa. Tudo isso parece simples para a maior parte das pessoas, mas é um pesadelo para os transgénero. O mais difícil é encontrar trabalho sem ser na prostituição”, conta.



Em janeiro, Anna começou a trabalhar na Associação Grega de Apoio aos Transgénero. Uma luta que deve vencer com a aprovação da nova lei no parlamento, apesar da oposição de uma parte importante da sociedade – A Igreja Ortodoxa está contra. O Partido Comunista e o partido de extrema-direita Aurora Dourada devem votar contra a proposta.

“É um momento histórico. Durante muitos anos, os transgénero estiveram na escuridão. Com esta lei, passam para a luz. É importante, porque o Estado, finalmente, reconhece a nossa existência”, diz Anna.

“Preconceitos, marginalização. Durante décadas, este foi o dia-a-dia dos transgénero na Grécia. Vários partidos políticos e a Igreja Ortodoxa discordam da lei, mas para a comunidade transgénero, este é um primeiro e importante passo para uma vida melhor”, diz o correspondente da euronews em Atenas, Apostolos Staikos.

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