Uma família oroginária dos Estados Unidos, mantida como refém desde 2012, foi libertada no Paquistão depois de uma operação levada a cabo pelas autoridades. O presidente Donald Trump agradeceu a ação de Islamabad, que definiu como um exemplo do “respeito” que o país recupera em relação aos Estados Unidos da América.
“Quero agradecer ao Governo paquistanês”, disse Trump, em conferência de imprensa. “Trabalharam muito e penso que começam a recuperar o respeito pelos Estados Unidos. É muito importante.”
A operação teve lugar quando dois próximos do presidente dos EUA, o secretário de Estado Rex Tillerson e o secretário da Defesa, James Mattis, preparam uma visita ao Paquistão, com o objetivo de explicar a Islamabad que o apoio a grupos jiadistas deve acabar.
O exército paquistanês disse ter recuperado “cinco reféns ocidentais” – um canadiano, a sua mulher, dos EUA, e os três filhos do casal – todos “nas mãos de terroristas”.
Coube depois ao presidente dos Estados Unidos revelar as identidades das pessoas libertadas: Caitlan Coleman e o marido, o canadiano Joshua Boyle. Os três filhos do casal nasceram durante o cativeiro.
Segundo a agência francesa AFP, o casal terá, no entanto, recusado embarcar no avião dos EUA, pois Joshua Boyle temeria qualquer represália da parte das autoridades norte-americanas por causa de ligações com um antigo detido em Guantanamo, Omar Khadr.
Boyle tinha casado com Zaynab Khadr em 2009, a irmã de Omar Khadr, canadiano detido no Paquistão quando tinha apenas 15 anos e que passou algum tempo em Guantanamo. Dois anos depois, Joshua casou-se com Caitlan.
Uma viagem pela Ásia Central que terminou com um rapto no Afeganistão
O casal partiu, em 2012, numa viagem cujo objetivo era conhecer diferentes países da Ásia Central durante seis meses – antigas repúblicas soviéticas, tendo seguido depois para o Afeganistão.
Em território afegão, foram raptados por membros do Taliban e entregue ao grupúsculo aliado Haqqani, no Paquistão. Apareceram num video, gravado em 2016, no qual pediam ajuda a Barack Obama e a Donald Trump, já com duas crianças, nascidas depois da viagem.
As relações entre os EUA e o Paquistão ficaram marcadas por algum distanciamento depois de 2011, quando o então presidente dos EUA, Barack Obama, autorizou uma operação que terá levado à morte de Ossama Bin Laden, na localidade de Abbottabad.
Com AFP