É o mais novo chanceler da Áustria, aos 31 anos, e o mais novo líder europeu, depois de ter sido o mais novo ministro austríaco dos negócios estrangeiros, aos 27.
Sebastian Kurz garantiu a vitória do conservador Partido Popular nas eleições legislativas deste domingo, longe da maioria e perto do esforço seguinte de formar coligação governamental. Se é com os sociais democratas ou se é com a extrema direita, Kurz ainda não diz:
“Tornámos o impossível possível, obrigado pelo vosso empenho e por este acontecimento histórico.
É tarefa nossa falar com todos os outros, pelo nosso país, para que ele mude pela positiva.”
Os sociais democratas do chanceler cessante Christian Kern têm por agora o segundo lugar, 26.9 por cento dos 87% de votos já contados, muito perto da extrema-direita do FPÖ.
Na noite de domingo, Kern declarou:
“Vemos com estas eleições que tivemos uma mudança maciça para a direita neste país; aqui, nos últimos 24 meses, talvez até mais, houve uma permanente e brutal agenda política de direita fixada pelos partidos políticos… mas…. francamente… não podemos excluir os media…”. A chuva de aplausos por parte do público interrompeu-lhe o discurso.
A extrema-direita do FPÖ e Heinz Christian Strache têm 26% dos votos, num terceiro lugar ainda sem resultados finais, renhido com os sociais democratas.
O tema da migração impôs-se na campanha, com os conservadores a adoptarem um discurso chegado à extrema-direita e a serem acusados por ela de lho terem roubado. Parece ter compensado: Kurz deu um novo fôlego e 31.6 por cento dos votos ao partido conservador.
A Áustria tornou-se porta de entrada para a Alemanha para mais de um milhão de pessoas durante a crise migratória que começou em 2015.