O Parlamento regional da Catalunha discute, hoje, se declara ou não a independência unilateral da região.
O presidente do Governo regional afastou a possibilidade de convocar eleições antecipadas, alegando não ter recebido garantias do Governo Central de que o Artigo 155 seria travado. Carles Puigdemont confiou ao hemiciclo catalão a resposta à suspensão da autonomia decidida por Madrid.
Catalonia’s leader rules out snap election, crisis deepens https://t.co/F4as9IGciI pic.twitter.com/AUVqRuS5B4— Reuters TV (@ReutersTV) October 26, 2017
“Em resposta à agressão, que é a aplicação do Artigo 155 da Constituição, nós continuamos a seguir o mandato que povo da Catalunha nos deu no referendo de 1 de outubro”, afirma o porta-voz da coligação “Junts Pel Si”, Lluis Corominas.
O afastamento da possibilidade de eleições antecipadas levou à demissão de Santi Vila. O conselheiro regional com a pasta da Indústria foi uma das vozes mais fortes contra a declaração unilateral de independência.
A dirigente do Partido Ciudadanos na Catalunha, Inés Arrimadas, defende que “nem o processo de Kafka foi tão kafkiano como o processo do senhor Puigdemont. Isto é ridículo e horrendo. Já chega, senhor presidente.”
Os avanços e recuos de Carles Puigdemont provocaram cisões entre a coligação independentista que suporta o Governo regional.
Na quinta-feira, dois deputados do Partido Democrático Europeu Catalão, de Puigdemont, demitiram-se por discordarem com a possibilidade de eleições antecipadas.
A enviada da euronews à Catalunha refere que “depois de outro dia de máxima incerteza e tensão, no bloco independentista, fica tudo em aberto. Teremos que esperar para ver como é que o Parlamento catalão responde à aplicação do artigo 155”.