“Atualmente é inegável, como comprovam educadores e psicólogos, entre outros profissionais, a importância do brincar no desenvolvimento social, emocional e cognitivo das crianças. No entanto, alguns pensam que essa atividade se restringe a elas, quando, na verdade, os adultos podem e devem participar desse universo", diz Oscar D'Ambrosio, jornalista, mestre em Artes Visuais e doutor em Educação, Arte e História da Cultura.Como explica, esse envolvimento não só estreita laços afetivos entre pais e filhos como aumenta o interesse e a motivação da criança, pois o momento lúdico propicia uma interação proveitosa para ambos, já que o adulto pode auxiliar a criança a lidar com emoções como a frustração da derrota, assim como estimulá-la propondo problemas que demandam soluções.“Se brincar socializa, seja por meio da música, do corpo, do gesto e da escrita, também desempenha papel essencial no sentido de mostrar a importância de saber partilhar, cooperar com o outro, comunicar-se e relacionar-se em diferentes situações, desenvolvendo respeito a si mesmo e ao outro, num processo que auxilia a autoimagem e a autoestima", continua o especialista.Por tudo isso, brincar é coisa séria e, como pontua Oscar, uma maneira de gerar situações em que ocorra um diálogo aberto, marcado pela liberdade do falar e do sentir, uma maneira de compreender o mundo.