Pouco dias depois de a Fórmula 1 aprovar o congelamento do desenvolvimento das atuais unidades de potência, a Red Bull confirmou que vai assumir o projeto da Honda a partir de 2022. A gigante japonesa decidiu deixar o campeonato após o fim desta temporada e vai transferir toda a tecnologia para a equipe taurina, que vai se tornar uma quarta fabricante no grid, ao lado de Mercedes, Ferrari e Renault.

A esquadra dos energéticos também criou uma divisão própria para o trabalho com os motores. A Red Bull Powertrains Limited é a empresa que vai desenvolver as unidades de potência tanto para o time principal quanto para a irmã menor, a AlphaTauri.

A confirmação do acordo comprova o sucesso que a Red Bull teve desde o anúncio de saída da Honda da F1. Sem ter para onde correr, o time deixou claro que não queria ter ligação com nenhuma das montadoras vigentes e bateu o pé pelo congelamento dos motores já para 2022. Deu certo e, assim, o vínculo com os japoneses para o uso da tecnologia se tornou viável.

A Red Bull tem uma longa história de parcerias na Fórmula 1. Presente na categoria desde 2005, a equipe começou com a Cosworth, passou pela Ferrari, mas foi com a Renault que atingiu o ápice, com o tetracampeonato entre os Construtores. O relacionamento, no entanto, não acabou bem, e o desgaste na Era Híbrida rendeu uma ruptura sem volta. De 2019 para cá, a Honda foi a parceira do time, em passagem de altos e baixos.