Erika Hilton (PSol-SP), deputada federal trânsgênero (pessoas que não se identificam com o gênero biológico), protestou contra a ideia de que mulheres trans seriam qualificadas como "menos mulheres" do que as mulheres cisgênero (indivíduos que se identificam com o seu sexo de nascença).
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O discurso, feito na quinta-feira (31/8) durante a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados, viralizou nas redes sociais.
"A sociedade ainda nos enxerga como menos mulher e, ao nos enxergar como menos mulher, também nos enxerga como menos cidadãs, que não merecem proteção, que não podem estar nos esportes, que não podem receber, como a deputada falou, ser consagradas em agremiações e em festivais. Nós temos que estar aonde? Nas esquinas de prostituição, nos cárceres, no drogadicídio? Aonde que é nosso lugar, se também não é aqui discutindo uma agenda de direitos a todas as mulheres? A luta das mulheres transsexuais e travestis desse país nunca excluiu nenhum tipo de mulher. Por que a luta de outras mulheres precisa excluir a nossa existência?", questionou a deputada.
Erika Hilton e a deputada Duda Salabert (PDT-MG) são as primeiras mulheres trans eleitas para o Legislativo nacional.
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